Day 270: archiargumentation
by Cláudio Vilarinho
Há uns (talvez 3) anos, o arquiteto Luís Moreno Mansilla (Mansilla y Tuñon arquitectos), proferia uma conferência no Porto (FAUP). Um dos conteúdos da conferência teve a ver com a obra do MUSAC, Museo de Arte Contemporaneo de Castilla y León, Espanha.
Durante a conferência: após a pergunta (deles) ao Presidente da Câmara de León, sobre qual era a sua opinião relativamente ao edifício (projeto na altura), o mesmo mostra-se maravilhado, contudo havia um pequeno senão, a ausência de cor no edifício pois o projeto contempla(va) uma abstração/neutralidade acentuada. O (Sr.) Presidente tinha sido claro. Durante uma (grande) quantidade de tempo, nada, a ideia de incluir cor no projeto não surge. Um dia, ao verem um postal (salvo erro) da Catedral de Léon El Halconero, decidiram “usar” os vitrais da mesma para colorir (sem aspas) a fachada de parte do edifício. Contaram a história (ideia) ao Sr. Presidente e mais maravilhado ficou.
A ideia de um projeto de arquitetura, associada à sua argumentação, pode surgir de onde menos se espera. Em muitas ocasiões, pode adjetivar-se de duas formas: frágil, ou forte. O que para nós arquitetos pode ser uma ideia fortíssima, para alguém não sensível à disciplina, poderá dizer zero.
A nossa ideia para a proposta a concurso que iremos submeter daqui a mais ou menos duas semanas, parece-nos forte, mas…