Day 25: machines
by Catarina Campos
O arquiteto de antigamente fazia desenhos preci(o)sos com canetas de tinta da china recorrendo ao uso de réguas, esquadros e escantilhões que ajudavam a desenhar até as peças de mobiliário mais complexas. Eram necessários dias, meses talvez, para realizar todos os desenhos que um projeto necessita.
O arquiteto dos tempos atuais faz os seus desenhos finais recorrendo à ajuda do computador, um companheiro fundamental na nossa profissão e que influencia consideravalmente a prestação do nosso trabalho. Em apenas algumas horas conseguimos ter uma ideia exata de um projeto através do desenho tecnológico assistido.
Apesar de parecer mais simples e de nos poupar de facto imenso tempo, há um problema enorme nesta evolução tecnológica, o fator dependência.
Hoje foi o dia em que todos os computadores do escritório, numa harmonia quase total, abrandaram o ritmo de processamento, influenciando, consequentemente, o nosso trabalho. Desde o primeiro ano da faculdade que aprendemos que é algo normal nesta profissão, faz realmente parte e não há muito que possamos fazer visto que até a máquina mais potente pode decidir não estar para aí virada naquele momento, e o melhor é que estas coisas têm tendência a acontecer nos dias de entregas.
Apesar de tudo, importa respirar fundo e manter a calma. Perderam-se mais horas do que o normal mas no final tudo o que se esperava foi concluído, e ainda bem. No fim, ultimaram-se os painéis do escritório a expor no stand da Tektónica e outras questões adjacentes ao projeto e no que toca ao concurso, fechou-se (pelo menos por agora) uma fase importante para que na próxima semana se iniciem outros estudos, nomeadamente à escala 1/500.